Os Anos 70 e em especial a
Ditadura Militar e a contra cultura, sempre foram para mim, motivos de estudo.
Meus textos, quase todos tem referencias sobre este período rico na História do
Brasil e do Mundo. Meu interesse é em primeiro lugar o fato de ter vivido e
presenciado grande parte desta época de ouro, de mudanças, de transformações
politicas, sociais e culturais, um tempo de trevas sim, mas de muita luta.
Segundo como Educador Popular e militante politico, tenho responsabilidade em
socializar este conhecimento e esta vivência.
A mistura do espirito de
Liberdade com o sentimento de mudar o mundo, contagiou uma geração inteira e
influencia nos dias atuais as novas gerações. Pensar em romper com tabus
comportamentais, sociais, culturais e políticos, em um planeta, onde se vivia
uma Guerra Fria, onde a maioria dos Países da América Latina tinham governos
Ditatoriais, onde temas como anti concepcionais, Homossexualismos, democracia e
sexo livre, eram considerados proibidos e constantemente reprimidos.
Um tempo, em que a
Juventude, descobriu as ruas para protestar contra as Guerras, por uma educação
de qualidade, por liberdades individuais e por Direitos Humanos. Um tempo em
que os filhos de uma Geração anterior a segunda Guerra, viu nas artes uma arma
importante de libertação. Esta mesma geração saiu a campo contrariando
inclusive doutrinas da igreja e a formação familiar. É no clima de Movimentos
como o Hippie por exemplo, que a Juventude dava o seu recado, manifestado
através da música, da dança, do Teatro e da Poesia.
Oswaldo Montenegro, é um
artista que sempre esteve envolto com toda e qualquer forma de arte. Oswaldo
viveu intensamente aqueles anos de 1970. Fez dos Hippies seu laboratório para
criar sua obra. O teatro seu cenário, para fazer trilhas e textos que retratavam
sua geração. Desde Brasília, local que viveu parte de sua vida, Oswaldo tem se
relacionado com o mundo do tablado. Suas canções, lidas se pensando em teatro,
soa sempre como um roteiro e bom texto por sinal.
Léo e Bia, é uma canção de
Amor, de dois jovens da Geração da Flor e da Paz. Um Amor de encontros e
desencontros, em um mundo conturbado, mas repleto de possibilidades de
esperança. Primeiro veio a canção, no terceiro LP do compositor, o belo Poeta
maldito...Moleque Vadio de 1979. Depois o Filme. Oswaldo disse que cinema não é
sua praia, o fez para experimentar. A obra é de 2010, é ambientada em uma Brasília
dos setenta. São os amores, conflitos e medos, um grupo de atores, amigos que
enfrentam as agruras da ditadura. O cenário um palco de Teatro.
Oswaldo traduz neste filme e
na canção, toda História de uma Geração que foi perseguida, mas que lutou para
que hoje tivéssemos Liberdade. Léo e Bia é linda. Click e ouça: http://migre.me/g6iEo .
Léo e Bia
No centro de um planalto vazio
Como se fosse em qualquer lugar
Como se a vida fosse um perigo
Como se houvesse faca no ar
Como se fosse urgente e preciso
Como é preciso desabafar
Qualquer maneira de amar varia
E Léo e Bia souberam amar
Como se não fosse tão longe
Brasília de Belém do Pará
Como castelos nascem dos sonhos
Pra no real, achar seu lugar
Como se faz com todo cuidado
A pipa que precisa voar
Cuidar de amor exige mestria
E Léo e Bia souberam amar
Como se fosse em qualquer lugar
Como se a vida fosse um perigo
Como se houvesse faca no ar
Como se fosse urgente e preciso
Como é preciso desabafar
Qualquer maneira de amar varia
E Léo e Bia souberam amar
Como se não fosse tão longe
Brasília de Belém do Pará
Como castelos nascem dos sonhos
Pra no real, achar seu lugar
Como se faz com todo cuidado
A pipa que precisa voar
Cuidar de amor exige mestria
E Léo e Bia souberam amar
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