terça-feira, 9 de outubro de 2007

O QUILOMBO VAI PARA O REINO ÚNIDO


Em 2006 em meio a campanha eleitoral, propus ao amigo e Presidente do PT, Wilson Cerqueira, para que fizéssemos uma parceria. Companheiro de Cerqueira, já o era na Política, coordenei sua campanha a Prefeitura de Limeira, 2004. sabia de suas habilidades na musica. Wilson é um tremendo musico. Pena que priorizou a luta sindical e partidária, mas nas horas vagas, toca seus sambas, sertanejos, valsas e outros ritmos. O convidei para compormos junto uma canção e inscreve-la no FESTAFRO, festival de MPB, com temática na cultura e Historia dos Negros no Brasil e no mundo.

Ele topou. Mesmo no meio de uma campanha difícil, na qual era candidato a deputado estadual, dedicou-se no pouco tempo que tinha e fez a melodia para minha letra. Saiu o “QUILOMBO, QUILOMBOLA”.

Organizamos uma banda, com o nome de Som da Terra, e saiu uma Embolada com baião. Fomos para o Festival, sabendo das dificuldades, afinal só tinha feras do Brasil inteiro lá. Levamos o premio de Consagração Popular e a certeza de que tínhamos criatividade para as artes.

Pois bem passados quase hum ano do feito, “O QUILOMBO”, esta sendo preterido, a cruzar o atlântico, passar pelo canal da mancha e tomar o Big Band.

Escrevo em um site de literatura chamado recanto das letras. Meus poemas, contos, crônicas e musicas, estão lá. A pagina é visitada pelo Brasil inteiro. Numa dessas, um Inglês que pesquisa sobre Cultura Negra no País, ouviu o Quilombo. O cara faz parte de uma ONG Brasileira radicada em Londres. Haverá uma exposição sobre a cultura Afro no Mundo. Eles vão levar o trabalho de uma artista sobre os Quilombolas do Rio Grande do Sul. Para ilustrar a apresentação, o rapaz, quer cantar O Quilombo.

Para nós é a gloria, nos tornaremos Internacionais.

Em breve informo, maiores detalhes.

Em tempo: QUILOMBO, QUILOMBOLA, pode ser ouvida no site http://www.recantodasletras.com.br/ . A letra posto abaixo.



QUILOMBO QUILOMBOLA

AUTOR DA LETRA: Janjão

AUTOR DA MÙSICA: Wilson Cerqueira


Quilombo, quilombola
Certeza de identidade
Sem macula, foi escola REFRÃO
De luta por liberdade

Neguinho não sabe o caminho
Percorrido por outros irmãos
Que em grupos ou sozinhos
Derrubaram cercas e mourões

Negro foge da corrente
Da senzala e do Sangue
Do pelourinho que o deixou doente
Da sujeira e do mangue

Lá não tinha senhor
Capataz ou patrão
Harmonia era motor
De uma vida sem humilhação

Tudo era só partilha
No reino da magia
O que valia era a alegria
E a dança acontecia

Lugar de esconde-esconde
Morada dos perseguidos
Refugio para os de longe
Utopia aos empobrecidos

Os fatos desta canção
Muita gente desconhece
Só se lembra a abolição
Dos quilombos se esquecem











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