Nos inicio dos Anos 80,
participei com cantor de uma Banda intitulada GLAVDES. A sigla era o nome de
cada integrante do grupo, todos da Pastoral da Juventude da Igreja de Santa
Luzia, em Limeira. O G de Geraldo meu segundo nome, LA de Laurita, a mais nova
do grupo, V de Vicente, o mais velho e único músico para valer, D de Dario e de
Donizete, o primeiro no Triangulo, o segundo no Vocal, E, de Edson e S de
Solange. Eram dois violões, um atabaque e um triangulo. Mesmos instrumentos que
usávamos para o coral da comunidade. Formamos a Banda para tocar MPB, o ritmo
que adorávamos, eu tão a muito tempo.
O GLAVDES até que teve vida
longa, uns três anos. Show mesmo uns dois, entre eles na Quermesse da
comunidade. Mas o que realmente impactou, foi nossa apresentação em 1981, no
evento organizado pela Pastoral da Juventude da Diocese, que a cada dia uma
comunidade apresentava um numero cultural. Lotou o ginásio Vô Lucatto, muitos
Jovens, amigos, parentes, dançaram e cantaram nosso repertório. Não havia
canção comercial ou romântica. Era os tempos de canções com mensagens políticas
ou de raízes, como baião. Maria, Maria estava no check List.
Boa parte do repertório,
talvez todo ele, fui eu quem escolheu. Esta era uma de minhas favoritas. Cantávamos
esta musica nas missas da comunidade, nas festinhas da juventude, no meio fio
das calçadas. Identificávamos, sua letra a mãe de Jesus Cristo, mas também, a
todas as mulheres pobres deste País. Cantávamos a todo pulmão. A letra é muito
forte. Trata-se de uma homenagem do Bituca (apelido de Milton), a sua mãe
biológica, que ao sentir que não tinha condições de cria-lo em função da
miséria, o deixou com seus patrões (ela era empregada doméstica), do Rio de
Janeiro, que o adota-lo.
Maria, Maria, é um hino ás
mulheres que na vida são verdadeiras guerreiras heroínas de suas famílias.
Lutando contra as adversidades da vida, as Marias de Milton Nascimento, o fazem
com raça, garra e graça. Conheci tantas e conheço varias destas mulheres, que
para proteger os seus, não se esmorece, enfrenta todas as dificuldades com
esperança. São Mulheres anônimas, que não fazem questão alguma de status,
brilho ou prêmio. Fazem da luta, sua profissão de fé.
Maria, Maria, foi gravada
pela primeira vez no disco Manifesto Clube da Esquina 2, um álbum duplo com a
participação da turma de Minas e de convidados, como Elis Regina e Chico
Buarque. O LP é de 1978, mas a música foi feita para o Espetáculo do mesmo
nome, o primeiro do Grupo Corpo em 1976. As músicas do espetáculo, juntamente
com o ultimo trem, foi lançado em CD apenas em 2004.
Maria, Maria, obteve varias
regravações inclusive Internacionais, como Mercedes Sosa e Sarah Vaughan. Clic
aqui e veja e ouça o autor cantando esta pérola. http://migre.me/eLBz6
.
Maria, Maria
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta…
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta…
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rir
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta…
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rir
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta…
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!…
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!…
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria…
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida….
Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!…
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!…
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