Em 2009, músicos do Estado
de São Paulo, começaram um movimento, questionando a funcionalidade da OMB-
Ordem dos Músicos do Brasil- . Na verdade a grita geral entre os artistas,
consistia no fato de vários locais que contratam Shows, principalmente poderes
públicos exigiam que o musico, tivesse a carteira de “sócio” da Ordem. Sem este
documento, não se apresentava em vários lugares.
Tal fato foi considerado uma
tremenda injustiça com a classe. A OMB foi criada pelo Regime Militar. Sua
função era na prática, não há defesa da categoria, mas uma espécie de censura
prévia aos artistas, principalmente os de oposição á ditadura. O órgão,
funcionou como delator daqueles que protestavam contra a repressão. Há
registros de várias colaborações de dirigentes da OMB na época com os
militares.
Com a redemocratização, a
Ordem dos Músicos do Brasil, continuou tendo um papel distante das
reivindicações e necessidades dos músicos. Se transformou em um organismo de
ditar através da carteirinha, quem trabalha ou não no Brasil. Seu papel de
fiscalizador das condições de trabalho e salário que por sinal precárias para a
maioria dos músicos, principalmente quem toca na noite, não existe.
O movimento em 2009, ganhou
muita força ao ponto de uma liminar expedida pela Justiça tirou em todo o
estado de São Paulo a obrigatoriedade dos músicos em estar associados a OMB
para poder trabalhar. Foi o Deputado Estadual Carlos Giannasi do PSOL, que
entrou com ação solicitando a derrubada da exigência da Carteirinha. Neste
mesmo ano, Giannasi esteve em Limeira em um evento cultural, falando desta luta
vitoriosa. Por conta dela hoje em São Paulo, esta obrigação não mais existe.
Porem a situação da maioria
esmagadora de quem vive de música no País é sofrível. Milhares tocam em bares,
restaurantes, lanchonetes, que pagam mal, que mal dá para se sustentar. Ou
tentam financiamento público para gravar seu trabalho, quase sempre não
conseguem. Mas costumo dizer, que é nesta labuta de não ser pop star, que
encontramos grandes talentos.
Espanhola é uma canção de
Flavio Venturini e Gutemberg Guarabira, que me faz lembrar dos que vivem da
noite. Nos anos 80 peregrinei por bares e boates da cidade que tinham música ao
vivo. Esta linda canção de Amor, era sempre tocada e pedida. Flávio Venturini,
mineiro, um dos integrantes do Clube da Esquina, sabe o que é tocar nos bailes
da vida. Do Terço, passando pelo 14 Bis, e depois na carreira solo, o cantor
compositor mostra em seu repertório o que se executa na lida dos músicos.
Espanhola esta no disco
Nascente de 1981. O primeiro disco solo do compositor. Clic aqui e ouça esta
pérola: http://zip.net/bjl51F .
Espanhola
Por tantas vezes
Eu andei mentindo
Só por não poder
Te ver chorando
Eu andei mentindo
Só por não poder
Te ver chorando
Te amo espanhola
Te amo espanhola
Se for chorar
Te amo
Sempre assim
Te amo espanhola
Se for chorar
Te amo
Sempre assim
Cai a o dia e é assim
Cai a noite e é assim
Essa lua sobre mim
Essa fruta sobre o meu paladar
Cai a noite e é assim
Essa lua sobre mim
Essa fruta sobre o meu paladar
Nunca mais
Quero ver você me olhar
Sem me entender em mim
Eu preciso lhe falar
Eu Preciso tenho que lhe contar
Quero ver você me olhar
Sem me entender em mim
Eu preciso lhe falar
Eu Preciso tenho que lhe contar
Nenhum comentário:
Postar um comentário