Li certa vez que a Grécia
antiga, a primeira a falar de Democracia, tinha particularidades culturais, que
fazem qualquer feminista ou qualquer discussão de gênero, concluir o machismo
daquela sociedade e a submissão das Mulheres. A Grécia vivia em Guerras. Por
isto o Guerreiro era tido como o Top daquele tempo. Viviam mais tempo
guerreando do que em seus lares.
Para aqueles soldados, mais
valia a eles uma relação com homens do que com Mulheres. A Sociedade Grega,
cultuava a relação homo afetiva, ela dava status. Já as Mulheres, tinha papel
secundário. Reprodutora, de preferência de Meninos, senhora do lar. Valiam
menos do que um cavalo. Ficam em casa a espera de seus homens e prontas para
servir.
Augusto Boal escreveu e
montou a peça Mulheres de Atenas em 1976. Sua intenção era retratar a partir da
mitologia grega o universo daquelas mulheres. Chico em parceria com Boal, fez
este fado português com arranjos medievais, esbanjando no final de cada frase,
as Helenas, Falenas, Cadenas, Atenas e por aí vai. Era o Chico redondilhas,
como ficou famoso na época.
Os movimentos feministas
caíram de pau em Francisco. O acusara de promover o Machismo, a submissão, a
violência. Chico em entrevista na época, disse: Você não entenderam nada. O
Mire-se no Exemplo, é para ser entendido como o contrario não façam e não sigam
o exemplo das Atenienses.
Polêmica a parte, Mulheres
de Atenas, é fantástica, na capacidade melódica, histórica e claro reflexiva,
inclusive nos dias atuais. A canção esta no disco Caros Amigos de 1976.
Link do Vídeo: http://zip.net/bhmXRd .