A arte imita a vida?. Creio
que sim. Como dizia o velho Marx, nada se cria sem a matéria, o concreto. A
História é o concretismo da vida, a matéria prima para o ser humano viver sua
saga rumo a felicidade. Então a Arte usa a vida real como sua matéria prima,
seu produto para criar ficção, magia e fantasia. Quantas Histórias, se são
lendas ou não, viraram cinema, música.
O Amor é desta matéria que o
criador de Arte se apropria. Um dos novelos mais utilizados pelas artes, é o
Amor quase impossível. A distancia social é uma das mais exploradas. Já vimos,
lemos e escutamos, através destas lentes, dos livros, dos palcos e dos discos,
dramas, tragédias, mesmo comédias, colocando obstáculos entre um Homem e uma
Mulher, em função do Status de um sobre o outro.
Chico Buarque toca nesta
divisão de Classes Sociais, em Ela Faz Cinema. O narrador, pode ser um operário
de fábrica, da construção civil, ou meramente um fã de uma Atriz de Cinema.
Este Amor, não fica claro se tratar do Amor carnal, ou mesmo das fantasias de
um admirador. Mas as diferenças sociais são nítidas. Esta Bossa Nova, também
pode ser uma homenagem de Chico á duas das mulheres de sua vida. A Atriz
Marieta Severo, mãe de suas três filhas e de Silvia sua filha mais velha também
Atriz.
Rodeado de Atrizes, ele já
tinha tocado no assunto em Beatriz feita com Edu Lobo, para o espetáculo Grande
Circo Místico nos anos 80, Ela Faz Cinema, esta no disco Carioca de 2006. A
canção vai inspirar o Argentino Alan Pauls, em um Conto “O Direito de Ler
enquanto se Janta Sozinho”, de uma coletânea de contos baseada em obras de
Chico Buarque de Holanda. A rede Globo em 2011, colocou no ar a Minissérie, O
Amor em Quatro Atos, também baseada em canções do compositor. Ela Faz Cinema é
o primeiro episódio.
Link do Vídeo: http://zip.net/bwmRCD .
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