A sociedade Grega dos tempos
antigos, era patriarcal e machista. As mulheres eram menores que os animais.
Sua função era apenas a reprodução, para alimentar a terra de soldados para a
Guerra. No entanto a mitologia, subvertia a ordem, e criava personagens
femininas decisivas no contexto Histórico. Helena de Tróia é um dos exemplos.
Gota D’Agua, o espetáculo
Teatral é uma adaptação de um destes mitos gregos. Conta a tragédia de Medeia,
que mata os filhos e se suicida após descobrir que seu amado, o Guerreiro
Jasão, tinha uma amante. Como toda boa tragédia grega, a dramaticidade e a dor
se espalha durante o texto, mas mostra uma mulher que comete os crimes para se
vingar de seu marido.
Chico Buarque e Paulo
Pontes, vão transformar a Tragédia de Medeia, em um drama Brasileiro. A
linguagem cifrada e metafórica, esta embutida do começo ao fim do texto. O
objetivo era atingir a Ditadura Militar, transbordar o fim da paciência, com a
repressão. Joana a Medeia do texto, mulher sofrida do subúrbio do Rio de
Janeiro, vê sua vida despencar quando é trocada por uma mulher rica e seu
marido a abandona.
A solução de morte, tem
duplo sentido no texto. A primeira a do assassinato e do suicídio, como um caso
passional. A segunda, o recado real dos autores, é a critica política e social
do texto. A Música que vai se destacar, é a do titulo do espetáculo. A estrofe
final é um aviso aos Ditadores: “ Deixe
em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa. E qualquer desatenção,
faça não, pode ser a Gota D’Agua”.
Gota D’Agua, esta no disco
da Trilha, de 1975, onde Bibi Ferreira, a Joana, a Interpreta. Mas Simone e
Maria Bethânia irão popularizar a canção.
Link da Canção: http://zip.net/bxmLxx .
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