Estava com um projeto de
escrever um livro de ficção, sobre a História de minha cidade, lá pelo ano de
2007. Não consegui até hoje. Mas ao conversar com várias pessoas sobre o
assunto, um destes papos ficou gravado. Foi com um Jornalista, que me indicou
como laboratório para escrever a obra, o disco A Cidades, do Chico. Quando de
seu lançamento, em 1998, ouvi o CD. Fiquei encantado.
Chico ficou sem gravar por
vários anos. E aí aparece com um disco todo autoral, que chama a atenção já
pela capa, onde vários Chicos são apresentados, travestidos com vestes típicas
de varias nações. Na contra capa, é o indicio de que o disco, trabalha
realidade com utopia. Imagens de locais reais, se confundem com locais
imaginários. Meu amigo Jornalista, chamava a atenção para o que eu não tinha
visto, nas audições do disco.
O imaginário na obra
Buarquiana. Mas não como fantasia e sim como Utopia, possível. Fica claro em
varias composições de Chico Buarque, sua predileção pelo Realismo Fantástico ou
Mágico de um Garcia Marquez. A canção Sonhos, Sonhos São, traz o Narrador
falando com seu Amor, e revela seus sonhos, em relação ao Mundo. Expõem a
conjuntura de crise econômica da época, gerando fome e miséria no mundo e diz
qual seu sonho. Metaforicamente, passeia entre a possibilidade da conquista
amorosa e um mundo melhor, mais igualitário.
Chico apesar de utópico
nesta canção não é otimista. Tanto que a ultima estrofe revela seu pessimismo
(pelo menos naquele momento), de que Sonhos São, tanto em relação á melhora da
humanidade, como na conquista da Mulher da letra.
Link do Vídeo: http://zip.net/bvmX5Y .
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