O que é o passado? Para que
ele serve?. Um sentimento nostálgico, atravancar a modernidade?. A História é
presente ou é dialética, o acumulo do passado?. A Nostalgia deve ser
necessariamente triste e criar um sentimento de apatia e paralisia?.
A canção Carolina de Chico
Buarque, nos remete a responder a estas questões. Outra delas é porque o
personagem melancólico é uma mulher?. E porque ver a vida pela Janela?. Chico
em sua fase lírica e nostálgica, trabalha a linguagem da metáfora. Tempos duros
de ditadura e saudades da Democracia?. A moça, um símbolo da submissão
feminina?. A Janela o confinamento de um tempo que não volta mais?.
Perguntas, que esquentam o
debate sobre o Chico que ainda se descobria, mas que estava preso ao Samba
Canção e os primeiros tempos da Bossa. Tanto que os Tropicalistas não pouparam
criticas na época. Caetano até gravou a música, de forma debochada. Carolina
fecha o ciclo de um Chico Lírico e que a partir de então se abre para novos
horizontes. Mas o Universo Feminino esta incutido nela.
Há quem diga que Chico
Buarque não gosta muito desta canção. Em 1967, ele teve uma pendenga com a
Globo. Já critico da Televisão como veiculo de alienação de massas, Chico
rompeu um contrato de fazer um programa na emissora, bem como de pagar a multa
por isto.
Aí a Globo, lhe propôs inscrever uma canção no II Festival
Internacional da Canção. Segundo o autor, a concebeu dentro de um avião.
Carolina, ficou em terceiro
Lugar naquele FIC e foi defendida pelas irmãs Cibely e Cinara. Foi grava no LP
Chico Buarque Vol.3 de 1967.
Link da Canção: http://zip.net/bbmKHL .
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