Uma das canções mais
delicadas que Chico Buarque de Holanda, já fez em sua carreira. Em parceria com
Miltinho do MPB4, Chico faz uma homenagem a estilista Zuzu Angel, morta pelo
Regime Militar em 1976. Zuzu uma mulher típica de classe média, bem sucedida em
sua carreira, após o desaparecimento de seu filho Stuart Angel, larga o
conforto de seu lar e glamour e empreende uma das lutas mais fantásticas contra
o regime dos Generais.
Stuart entra para a luta
armada e clandestina. É preso pelos órgãos de repressão, torturado e morto.
Desde que sumiu, Zuzu não descansou para primeiro achar o seu filhinho como ela
o chamava, depois para denunciar a órgãos Internacionais o terror da Ditadura.
Utilizou-se de seu prestigio Internacional, a ponto de apresentar uma coleção
com cores escuras, as modelos com correntes nos pés e uma mordaça na boca, em
Paris.
Chico conheceu esta
extraordinária mulher, como ele mesmo se refere a ela. Segundo ele, Zuzu
frequentava sua casa, buscava apoio a sua luta de saber onde e porque seu filho
tinha desaparecido. Em 2006, o cineasta Sergio Resende, conta esta luta no
filme homônimo, onde termina com Chico cantando Angélica.
A letra com quatro estrofes,
traz o dialogo do Narrador (com certeza Chico), com Zuzu, ao perguntar de forma
afirmativa, quem é essa mulher batalhadora. Ao mesmo tempo se dirige a primeira
pessoa, como se Zuzu estivesse conversando com seu filhinho. Angélica, sinônimo
de Anjo, como o poeta a define.
Angélica foi composta em
1977, mas foi gravada para o LP Almanaque de 1981.
Link do Vídeo: http://zip.net/bbmMtF .
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