quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

AMO AS MULHERES QUE CANTAM- VII


A PRECOCE MUSA DA MPB

Para mim falar de Nara Leão é uma delicia. Já disse em outros textos que comecei a me interessar por musica e brasileira, após ouvir a Banda na voz, desta mulher, que aos doze anos de idade já convivia com os Deuses da Bossa Nova. Sentada em seu Apartamento no Centro do Rio de Janeiro, ouvia atenta os violões de João Gilberto, Carlos Lyra, Tom Jobim, os versos de Vinicius e outros.


Foi intitulada com isto a musa da BN, por gravar ainda adolescente, verdadeiros clássicos deste movimento. Muito alem do seu tempo, Nara esteve presente em todos os principais movimentos artísticos de nossa musica.


Sem preconceitos, saiu da BN, encontrou com o samba do morro de Zé Kéti e o Sertão Nordestino de João do Valle, no espetáculo revolucionário Opinião em plena ditadura militar. Como Revolucionário foi sua passagem pelo Tropicalismo de Gil e Caetano. Desprovida de preconceitos, foi a primeira a gravar Roberto e Erasmo Carlos, em uma época que a Jovem Guarda era tida como alienada e imperialista.


Neste disco de raridades gravadas entre 1973 a 1988, traz uma das perolas do cancioneiro infantil. A canção de Renato Teixeira, O Dragão Mágico, feita para o espetáculo teatral Puff o Dragão Mágico. Alem deste Standard, a gravação de Grandola, musica dos revolucionários da guerra civil espanhola, alem de lançar Raimundo Fagner com a canção Pé de Sonhos. Precoce iniciou nas artes, precoce Nara deixou este mundo, em 1989.



O DISCO: RARIDADES II

01 - Fez Bobagem Aguas De Marao Samba Da Preguiça


02 - Pe De Sonhos


03 - A Donzela


04 - Grandola, Vila Morena


05 - Maio, Maduro Maio


06 - O Dragao Magico


07 - Folhetim-


08 - Hei De Voltar Pro Sul


09 - Pra MüEde Chatear


10 - Tem Gato Na Tuba


11 - Cineangiocoronariografia


12 - Morena Boca De Ouro

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

AMO AS MULHERES QUE CANTAM- VI


A ENIGMÁTICA NINA

A Assassina, é um filme legal de ação, e só. Diz respeito a uma mulher desajustada e viciada em drogas, que ao ser pega pela policia, tinha um só destino, a cadeira elétrica, em virtude da infinidade de crimes cometidos. Mas aí entra uma organização secreta do Governo, que lhe faz uma proposta outra trabalha para ela ou os choques lhe tiraram a vida. Mas o que mais me chamou a atenção, é que nos momentos de angustia e solidão, a personagem principal, acalmava seus males ouvindo Nina Simone.

Foi assim, que obtive meu primeiro contato com uma das maiores cantoras de Blues/Jazz, do mundo. Nascida na Carolina do Norte, Nina teve desde cedo conviver com o racismo. Suas primeiras apresentações, foram em palcos com uma platéia apenas de Negros, em função da segregação racial.

Pianista, no inicio da carreira, acompanhou vários Standard da musica Americana. Gravou de Betlhes a George Gershwin.

Nina engajou-se durante os anos 60 e 70 do século passado, em varias lutas pelos direitos civis e humanos.

Este disco é de 1995 e é repleto de sucessos como Baltimore, The Family e Forget.

Nina Simone é destas cantoras que a gente escuta e viaja por sua voz e o que ela faz com o canto. A cantora foi responsável, pelo fato de que me interessasse mais pelo Blues e o Jazz. Gosto tanto que indiquei para minha amiga Jornalista e cantora da ContraBanda Blues, Érika Caetano para que ela se prepara-se para entoar o Blues. Ela adorou e já é fã da Negona.




EM TEMPO: Este Post é dedicado a minha amiga Maria Paula de Vinhedo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

AMO AS MULHERES QUE CANTAM- V


FATIMA GUEDES-A BALADEIRA DO CANCIONEIRO BRASILEIRO


No final dos anos 70, as rádios de freqüência de ondas moduladas, as famosas AMs, vão perdendo força para as FMs. Com um som muito mais nítido e limpo, as fms, preparavam o caminho para a era digital. Alem disto, a programação tinha enormes diferenças das velhas AMs.


Primeiro, tocavam muita musica, consideravam-se emissoras de musica, outros assuntos não eram trabalhados. Segundo, a maior parte das canções era de MPB, com muito pouco espaço para o Internacional e a chamada musica popular ou brega. Fins dos tempos de regime militar, as freqüências moduladas, desfilavam durante todo o dia e noite, consagrados artistas nacionais, como Chico Buarque, Milton, Caetano, Gil, Gal e muitos outros.


Mas abria espaço para os novos da musica Brasileira. Aí é que deram seu ar da graça, Zé Ramalho, Fagner, Oswaldo Montenegro e diversos outros artistas. Foi neste universo de emissoras 24h no ar, inaugurando nas rádios esta jornada, que conheci Fátima Guedes. Carioca, iniciou cantando em Festivais, como a maioria da geração 60 e 70.


Foi Elis Regina que mostrou a moça com jeito de Joan Baez e cantando como Maysa, em seu especial de final de ano na TV, alem de gravar musicas suas. Compositora, teve vários sucessos, entre eles Onze Fitas e canções gravadas por muita gente boa, como a própria Elis, Nana Caymmi, Zizi Possi, Joana e Simone. O Disco Pra Bom Entendedor, foi o segundo da era digital gravado por Fátima. Recheado de Baladas, sambas canções, o CD é datado de 1993.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ANIVERSÁRIO DO TOC PERCUSSIVO II


Conheci o percussionista Marcos Lima, no Segundo FESTAFRO de Limeira, em 2006. Ele e seu grupo o TOC PERCUSSIVO, tinham vencido naquele ano o disputadíssimo CANTA LIMEIRA. Na oportunidade Marcos defendia uma musica dele em parceria com o Dalvo do Grupo Avena.

Pude constatar a versatilidade instrumental de Marquinhos, sua competência e talento com os instrumentos de percussão. A paixão pela musica e pela arte, constatei convivendo com ele neste hum ano de conhecimento.

Marquinho é meu vizinho. Mora a uma quadra de casa. Rapaz pobre como eu, pai de família, tem procurado sobreviver da musica e da arte de fazer instrumentos.

È um dos músicos mais requisitados para acompanhar bandas e artistas do circuito alternativo da cidade, região e do Estado, tamanho é seu talento.

Mas alem da vocação musical, Marquinhos é um humanista, e assim muito generoso. Há quatro anos desenvolve um trabalho, sem recursos públicos ou ajuda de grandes empresas ou grupos econômicos, de ensinar a arte do batuque e da marcação rítmica em uma obra musical, a crianças da periferia da cidade. Sem nenhuma intenção financeira, Marquinhos tem se apresentado em Festivais, Shows e eventos musicais ou não, mostrando para o município que é possível fazer musica, tocada e cantada pelos pobres. Que a musica é capaz de tirar das ruas e da criminalidade, crianças e adolescentes.

Passei a admirar o trabalho deste moço.

Assim o aniversario do TOC não deve ser encarado apenas como um evento musical, mas como a celebração de um projeto solidário, que com uma intenção apenas, a de contribuir para um mundo mais justo e igualitário, deve ser aplaudido por todos nós.

Tomo a liberdade de convidar a todos e a todas para apagar as velinhas com o TOC PERCUSSIVO no próximo domingo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

FESTA DO TOCO PERCUSSIVO


O grupo Toc Percussivo, do meu amigo Marcos Lima, estará completando no próximo dia 09 de Dezembro, quatro anos de vida e irão comemorar com varios amigos e amigas. Veja o cartaz ao lado quem vem, e onde será o Show. Eu estarei lá.