sábado, 15 de março de 2014

ANGÉLICA

Uma das canções mais delicadas que Chico Buarque de Holanda, já fez em sua carreira. Em parceria com Miltinho do MPB4, Chico faz uma homenagem a estilista Zuzu Angel, morta pelo Regime Militar em 1976. Zuzu uma mulher típica de classe média, bem sucedida em sua carreira, após o desaparecimento de seu filho Stuart Angel, larga o conforto de seu lar e glamour e empreende uma das lutas mais fantásticas contra o regime dos Generais.

Stuart entra para a luta armada e clandestina. É preso pelos órgãos de repressão, torturado e morto. Desde que sumiu, Zuzu não descansou para primeiro achar o seu filhinho como ela o chamava, depois para denunciar a órgãos Internacionais o terror da Ditadura. Utilizou-se de seu prestigio Internacional, a ponto de apresentar uma coleção com cores escuras, as modelos com correntes nos pés e uma mordaça na boca, em Paris.

Chico conheceu esta extraordinária mulher, como ele mesmo se refere a ela. Segundo ele, Zuzu frequentava sua casa, buscava apoio a sua luta de saber onde e porque seu filho tinha desaparecido. Em 2006, o cineasta Sergio Resende, conta esta luta no filme homônimo, onde termina com Chico cantando Angélica.

A letra com quatro estrofes, traz o dialogo do Narrador (com certeza Chico), com Zuzu, ao perguntar de forma afirmativa, quem é essa mulher batalhadora. Ao mesmo tempo se dirige a primeira pessoa, como se Zuzu estivesse conversando com seu filhinho. Angélica, sinônimo de Anjo, como o poeta a define.

Angélica foi composta em 1977, mas foi gravada para o LP Almanaque de 1981.


Link do Vídeo: http://zip.net/bbmMtF .

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