segunda-feira, 10 de março de 2014

CAROLINA

O que é o passado? Para que ele serve?. Um sentimento nostálgico, atravancar a modernidade?. A História é presente ou é dialética, o acumulo do passado?. A Nostalgia deve ser necessariamente triste e criar um sentimento de apatia e paralisia?.

A canção Carolina de Chico Buarque, nos remete a responder a estas questões. Outra delas é porque o personagem melancólico é uma mulher?. E porque ver a vida pela Janela?. Chico em sua fase lírica e nostálgica, trabalha a linguagem da metáfora. Tempos duros de ditadura e saudades da Democracia?. A moça, um símbolo da submissão feminina?. A Janela o confinamento de um tempo que não volta mais?.

Perguntas, que esquentam o debate sobre o Chico que ainda se descobria, mas que estava preso ao Samba Canção e os primeiros tempos da Bossa. Tanto que os Tropicalistas não pouparam criticas na época. Caetano até gravou a música, de forma debochada. Carolina fecha o ciclo de um Chico Lírico e que a partir de então se abre para novos horizontes. Mas o Universo Feminino esta incutido nela.

Há quem diga que Chico Buarque não gosta muito desta canção. Em 1967, ele teve uma pendenga com a Globo. Já critico da Televisão como veiculo de alienação de massas, Chico rompeu um contrato de fazer um programa na emissora, bem como de pagar a multa por isto. 
Aí a Globo, lhe propôs inscrever uma canção no II Festival Internacional da Canção. Segundo o autor, a concebeu dentro de um avião.

Carolina, ficou em terceiro Lugar naquele FIC e foi defendida pelas irmãs Cibely e Cinara. Foi grava no LP Chico Buarque Vol.3 de 1967.

Link da Canção: http://zip.net/bbmKHL .


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