segunda-feira, 10 de março de 2014

GOTA D’AGUA

A sociedade Grega dos tempos antigos, era patriarcal e machista. As mulheres eram menores que os animais. Sua função era apenas a reprodução, para alimentar a terra de soldados para a Guerra. No entanto a mitologia, subvertia a ordem, e criava personagens femininas decisivas no contexto Histórico. Helena de Tróia é um dos exemplos.

Gota D’Agua, o espetáculo Teatral é uma adaptação de um destes mitos gregos. Conta a tragédia de Medeia, que mata os filhos e se suicida após descobrir que seu amado, o Guerreiro Jasão, tinha uma amante. Como toda boa tragédia grega, a dramaticidade e a dor se espalha durante o texto, mas mostra uma mulher que comete os crimes para se vingar de seu marido.

Chico Buarque e Paulo Pontes, vão transformar a Tragédia de Medeia, em um drama Brasileiro. A linguagem cifrada e metafórica, esta embutida do começo ao fim do texto. O objetivo era atingir a Ditadura Militar, transbordar o fim da paciência, com a repressão. Joana a Medeia do texto, mulher sofrida do subúrbio do Rio de Janeiro, vê sua vida despencar quando é trocada por uma mulher rica e seu marido a abandona.

A solução de morte, tem duplo sentido no texto. A primeira a do assassinato e do suicídio, como um caso passional. A segunda, o recado real dos autores, é a critica política e social do texto. A Música que vai se destacar, é a do titulo do espetáculo. A estrofe final é um aviso aos Ditadores: “ Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa. E qualquer desatenção, faça não, pode ser a Gota D’Agua”.

Gota D’Agua, esta no disco da Trilha, de 1975, onde Bibi Ferreira, a Joana, a Interpreta. Mas Simone e Maria Bethânia irão popularizar a canção.


Link da Canção: http://zip.net/bxmLxx .

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